O Mondego ainda corre lento no seu leito. Lento como nós, meu amor, sempre demorados em decisões. Ele ainda lá está, como sempre esteve, aliás. Muito antes dos deuses sonharem trazer-te até mim, já ele esperava que o visitássemos. Segue tranquilo, sem inquietações de maior, porque já conhece a inevitabilidade de se reunir com o mar. Devíamos aprender com ele, tranquilizar esta nossa paixão. O nosso leito estará delineado também, e se realmente formos afluentes um do outro, num dia destes haveremos de convergir e espraiar-nos ao luar.
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